Suaquém era um porto "protegido do exterior" pela sua perigosa entrada (um labirinto de rochedos submersos, de baixios, de bancos de areia e de recifes de coral, constituíam então a defesa natural de Suaquém).
No entanto o magnífico porto de Suaquém, tão abrigado como uma lagoa, poderia oferecer ancoradouro para duzentos navios.
Em 1541 o Rei de Suaquém era um negociante que usurpara o trono depois de ter enriquecido.
A cidade estava no entanto sob protecção dos Turcos (então inimigos dos Portugueses), a quem pagava metade dos seus chorudos direitos alfandegários (o porto de Suaquém, como empório comercial, apenas podia comparar-se a Lisboa conforme foi testemunhado por D. João de Castro que então a visitou).
Em 1541 uma esquadra Portuguesa comandada por Estevão da Gama (na qual também participava D. João de Castro) dirigiu-se a Suaquém.
Os Portugueses subiram o Mar Vermelho seguindo ao longo de uma costa solitária em que as planícies ondulantes se estendiam a perder de vista.
Lançando a sonda, os navios palpavam cautelosamente, o percurso, sempre através de recifes e de bancos de areia e ilhotas baixas, em que se viam, de vez em quando, aldeias miseráveis.
No entanto a partir de certo momento, prosseguir à vela tornou-se praticamente impossível, pelo que a esquadra colheu o pano das galés e continuou a remos.
Uma vez chegados a Suaquèm, os Portugueses tomaram esta cidade tendo-a ocupado durante 10 dias.
Por temor aos Portugueses, aquando da chegada destes à cidade, O inimigo havia evacuado rapidamente a cidade fugindo para o interior abandonando dinheiro e haveres o que se tornou “uma festa” para as tropas Portuguesas que assim os saquearam tendo posteriormente incendiado a cidade bem como os navios Muçulmanos que se encontravam no porto.
Durante o período de ocupação, D. João de Castro anotou as marés á luz do Lua; desenhou o porto e mediu o ângulo do Sol seis vezes por dia.
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